quarta-feira, 4 de março de 2015

Animais de estimação e higiene na vida doméstica

Desde pequena meus pais me criaram de um jeito onde não havia espaço pra animais de estimação... dentro de casa! Nós sempre tivemos cãeszinhos, de rua mesmo, pois achávamos que não valia a pena gastar dinheiro em algo que podíamos ter "gratuitamente". Nunca tivemos preconceito com vira latas mas quando eu era bem nova sonhava em ter um cãozinho mais bonito esteticamente, queria muito um poodle (eles eram febre nos anos 90 ... rs). Mas ao mesmo tempo sentia que os vira-latas não diferenciavam em nada dos cães de raça, no quesito amor e no quesito beleza, pois eu os achava fofos.

A todos meus cãeszinhos amei muito, e nós cuidávamos sempre mantendo eles no quintal, pois havia uma casinha pra eles se acomodarem. Sempre foi um de cada vez, não tínhamos grana pra manter vários, sempre os alimentamos com ração. Quando algum entrava dentro de casa era muito engraçado, a gente começava a tentar espantar eles mas ria tanto, que, pra ser sincera, é assim até hoje.

Quando eu e minha irmã tocava em algum cãozinho, seja dos nossos, ou de rua, minha mãe sempre mandava lavar as mãos depois, do tipo, IMEDIATAMENTE. E a gente obedecia. Ela também não queria que ficássemos abraçando e beijando animais de estimação, mesmo que eles tivessem acabado de sair do banho. Nós obedecíamos. A propósito, obedecemos até hoje.

Não consigo entender pessoas que ficam aos beijos e abraços com animais de estimação. Sério. Eu acho nojento. O cão ou o gato fica o dia inteiro passeando e nós não sabemos o que ele pôs na boca. Uma cena muito comum que vejo entre cães na rua é eles comendo o próprio cocô. E isto acontece com cães domésticos também. Aí chega o dono e dá aquele beijo no focinho do cão, que anteriormente pode ter carregado um rato morto na boca, ou uma barata (já vi essa cena).

Animais de estimação e higiene na vida doméstica

Eu sou totalmente contra cães dentro de casa. Outro dia choveu muito e onde o cachorrinho dos meus pais estava, estava molhando. Minha mãe colocou ele dentro da sala da casa dela, mas limitou o espaço pra que ele não ficasse passeando pela casa. Ele estava molhado e sujinho de chuva... imagina ele em cima de nossos lençóis? Sempre pensei assim... e achava que muitas pessoas pensassem como eu também, mas outro dia manisfestei essa opinião na internet e só faltaram me linchar.

Acredito que pessoas mais carentes emocionalmente tendem a transferir sua atenção para os animais, e que por talvez se decepcionarem com as pessoas (quem nunca?), confiam mais nos animais. Mas como pode um animal de estimação substituir um carinho humano? Isto não entra em minha cabeça. Conheço pessoas homofóbicas que não consideram um casal gay família, mas consideram os bichos parte da família. Ou seja, os animais são mais importantes que as pessoas... triste isto.

Certa vez vi uma amiga aos beijos e abraços com seu cão, e depois a vi roendo unha. Gente, se o cão passou em algum local sujo? Se ele mordeu ou comeu algum animal ou inseto morto? Alias, quem nunca viu o cão lamber os próprios testículos?

Tenho notado que muitas pessoas tem incentivado o convívio entre animais e bebês, justificando que não há mal algum. Agora vê... muitas pessoas não deixam nem quem chega da rua tocar nos seus filhos sem antes lavar as mãos, mas ficar de agarração com cachorro pode... nunca vou entender.

Não me julguem, nem me linchem. Se você pratica estes hábitos, apenas repense neles. Se eu chego da rua e nem sento na minha própria cama pra manter os lençóis limpos, que dirá um cão soltando pêlo?