domingo, 27 de dezembro de 2020

A Ascensão da Bruxaria contemporânea no Brasil e suas causas

Não é de hoje que Páginas e Canais do Youtube sobre Bruxaria tem se popularizado no Brasil, mas por que isso tem acontecido?

Wicca no Brasil

Vivemos numa sociedade com pressa, pressionada por resultados, onde "só" trabalhar (ou "só" estudar) é pouco. Nossos pais e nossos avós só trabalhavam (ou cuidavam da casa) e tudo bem, mas hoje em dia isso é quase que inadmissível.

Daí que moramos longe do nosso trabalho, perdemos muito tempo com um transporte sucateado, e ainda somos obrigados a, além de trabalhar, estudar pra nos especializar cada vez mais (além de nos manter "saudáveis", nos exercitar, estar com os cabelos brilhosos...).

Impossível né? Para quem tem filhos então... Mas algumas religiões e grupos de apoio espiritual procuram apoiar seus seguidores nesse sentido, incentivando um caminho espiritual. Diante disso, o crescimento da Wicca e outras religiões politeístas tem crescido.

Quando me refiro a esse tipo de religião, estou me baseando em cultos de inspiração politeísta europeia e asiática, já que as de matrizes africanas já fazem parte de nossa cultura (como a Umbanda e o Candomblé). "Bruxaria" é um termo genérico que durante a Idade Média foi usado de forma pejorativa pelos cristãos católicos.

O que acho interessante é que essas religiões no Brasil tem se pautado em ideias como:

  • Igualdade de gênero
  • Respeito ao meio ambiente
  • Auto conhecimento e auto cuidado
  • Sexualidade livre e positiva
  • Respeito às diferenças sociais e aceitação do seu corpo e aparência

Como são pautas que me identifico totalmente, não tem como ignorar esse fenômeno que tem feito bem pra tantas pessoas. Embora eu não seja crente, sei da importância da religião na vida de uma pessoa e sei como as religiões ajudaram na construção do conhecimento histórico.

Claro que não concordo com 100% de tudo mas sei da importância desses ideais para uma sociedade menos estressada e vazia.

E vocês? Curtem essa ascensão da Bruxaria no Brasil? Um grande abraço, Thainá.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Egito, Grécia, Império Romano... Por que nossas referências históricas são da Antiguidade?

 A Antiguidade é um período histórico que conta da criação da escrita (Antes de Cristo) até a Queda do Império Romano, em 476 d.C. E por que esse período tão importante se tornou referência do que é História para muitos?

Idade Antiga - História

Nós, geralmente, estudamos esse período histórico no início dos Anos Finais na Escola, conhecido anteriormente como Ginásio, ou seja, estudamos sobre as civilizações da antiguidade no sexto ano (antiga 5ª série). Nesse período, para muitos, é o primeiro contato com a História... e criança AMA História!

É claro que a obrigatoriedade dos estudos tradicionais pode tornar tudo maçante e desinteressante para os pequenos, mas acredite: as crianças amam história, elas só não gostam de estudar. As vezes que dei aulas para as turmas de sexto ano elas adoraram: não por eu ser uma boa professora, mas por eu ser uma professora diferente, já que na escola que eu trabalho eu sou apoio (minhas aulas são excepcionalidades).

Além disso, estudar sobre a Antiguidade nos distancia demais da realidade: quando somos crianças, vemos esses seres humanos quase que como uma outra espécie (e isso pode ser fascinante). A História, quase sempre é contada pelos grandes líderes, certo? Então fica no inconsciente que a Antiguidade foi um período de plenas conquistas e grandes batalhas.

Vejo que essas referências são usadas nos temas de festa de aniversário, por exemplo, em imagens ilustrativas para se falar de História, em programas de TV, novelas, etc. Contudo, cabe salientar que a Antiguidade é assim chamada justamente por esses feitos. Em outras palavras, o período histórico que conteve grandes conquistas foi assim denominado, Idade Antiga, posteriormente a seu desenrolar. 

Essa nomenclatura é um conceito positivista, filosofia europeia que tentava criar métodos científicos para todas as áreas de conhecimento. Mas não eram métodos científicos genéricos como a cultura popular conhece (imagine um doido num laboratório com seus produtos explodindo no rosto): eram métodos que objetivavam um consenso nas universidades mas que na prática soava como o cientista louco, com produtos explodindo no rosto (pesquise sobre o Positivismo).

Enfim... Espero que a Antiguidade continue tendo seu valor reconhecido mas sem cegueiras ideológicas e com a consciência de que quem vivia nesta época era um ser humano normal, de carne e osso, como eu e você.