sábado, 24 de novembro de 2018

Minha Primeira Aula de História 💕

Esses dias eu, finalmente, dei minha primeira aula de História. No vídeo abaixo eu conto um pouco como foi esse momento tão especial da minha vida 🙂


Espero que tenham gostado do vídeo e sei que esse tipo de comentário, sobre um momento que foi feliz pra mim, pode gerar comentários negativos, já que a docência é tão desvalorizada e muitos professores trabalham sem ânimo, apenas com vontade de pagar suas contas. Mesmo assim quero deixar registrado o quanto estou feliz por ter me encontrado profissionalmente.

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Coisas que eu Gostaria de ter aprendido na Aula de História...

Eu só fui aprender, de fato, História, na faculdade. Eu não tenho quase recordação nenhuma das minhas aulas no Ginásio e no Ensino Médio. Lembro que no primário as aulas eram ministradas na matéria "Estudos Sociais" e eram raras. Lembro que no Ginásio só se falava em Mesopotâmia, Egito e só. História do Brasil? Só se falava nos portugueses "malvadões" ou "heróis" (dependia do professor), dos índios (ingênuas ovelhinhas ou ignorantes que "precisavam de educação") e dos escravos (sempre como injustiçados que caíram de para-quedas no Brasil ou selvagens que "precisavam" de educação - em outras palavras, se "europisar").

Dicas para Estudantes

A História é tão mais que isso que não sei nem por onde começar...

• Eu gostaria de ter aprendido que ninguém é santo, herói ou vilão - mesmo em grupos sociais específicos;
• Eu gostaria de saber que o conceito de escravidão varia até hoje - não é um conceito estático;
• Eu gostaria de saber que TODOS, eu disse TODOS os acontecimentos históricos sempre beneficiavam a algum grupo - por mais impossível que isso possa parecer;
• Também gostaria de saber que esses mesmos acontecimentos prejudicavam outros grupos - assim é a vida;
• Eu gostaria que os professores fossem sinceros a respeito de seus pontos de vista mas também expusessem pontos de vista contrários - e o que seus defensores alegam;
• Eu gostaria de saber que "país" é um conceito moderno e a centralização governamental é uma das coisas mais importantes pra se estudar História;
• Eu gostaria de saber que há poucas coisas legítimas, especiais e inéditas no mundo: A maioria são "cópias" ou inspiradas em outras coisas (ex: festividades)
• Enfim, eu gostaria de saber que a História não anda só, que a Filosofia, Sociologia e outras disciplinas dependem umas das outras...

E gostaria de saber que essa profissão é imensamente importante, têm campo de trabalho e não podemos viver sem ❤ Mas não encarem isso como uma crítica a meus antigos professores, é muito difícil estar numa sala de aula com mais de 40 crianças forçadas a estar lá 😊 Só queria deixar registrado o que considero importante pra facilitar o aprendizado dessa matéria tão linda ⌛ #História

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Conheça o Museu Afro Brasil, em São Paulo - Semana da Consciência Negra

A uns anos atrás me despertou uma vontade de conhecer São Paulo e eu não sei de onde essa vontade veio, mas simplesmente me recusava acreditar que essa cidade não tinha nada. Quando comentava com alguém aqui do Rio sobre esse desejo quase sempre era bombardeada por perguntas do tipo "_Fazer o quê em São Paulo?" afirmando que São Paulo não tem nada. Obviamente essas pessoas nunca devem ter pisado na cidade ou tem uma concepção de divertimento muito diferente da minha.

Estudando História, principalmente a do Brasil Colonial (que é a parte que eu mais gosto), eu pude conhecer a enorme importância que essa capital tem para o país e no fim de semana do feriado de finados pude conhecer a cidade. Fiquei encantada com as opções de lazer e recomendo muitooooo pra quem gosta de História e Cultura 😊❤✈ (só queria deixar registrado como fiquei impressionada com a educação, simpatia e gentileza dessas pessoas - precisamos superar o fato que o trabalhador paulistano é mais educado que o carioca) 😂😂 (OBS: falando mal porque EU POSSO)

Mas enfim... eu tinha planejado conhecer alguns pontos turísticos de São Paulo como o MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), a Carlo's Bakery (confeitaria do idealizador do programa de TV Cake Boss), o Mercado Municipal, a Catedral da Sé, etc. Dentre essas escolhas eu fui, inclusive, no Parque do Ibirapuera, mas nem curti tanto pois estava muito calor, e eu estava cansada.

Semana da Consciência Negra

Semana da Consciência Negra

Mas ainda bem que fui: dentro do Parque do Ibirapuera tem o Maravilhoso Museu Afro Brasil, que é um Museu relativamente jovem sobre cultura negra, africana, brasileira, e afro-brasileira.

Semana da Consciência Negra
Vista de fora do Museu: o Parque do Ibirapuera
Museu Afro Brasil
Será que é só eu ou todo estudante de História ama mapas?
O Museu foi inaugurado em 2004 a partir da coleção particular do Curador Emanuel Araújo e ao longo do tempo constituiu valorosa instituição para fomento da cultura nacional voltada para a história afro-brasileira.

Desde 2009, o Museu Afro Brasil, é uma instituição pública, vinculada à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, subordinado ao Governo do Estado de São Paulo e foi apoiado com recursos vindos da Petrobrás e da Lei Rouanet.

Biblioteca Escritora Carolina Maria de Jesus
Biblioteca Escritora Carolina Maria de Jesus

Um dos principais espaços do Museu é a Biblioteca Carolina Maria de Jesus, que conta com cerca de 10.000 títulos sobre temas relativos a Escravidão, Tráfico Negreiro, Brasil Colonial, Elementos da Cultura Africana e do sincretismo Afro-brasileiro, etc. Maria Carolina de Jesus foi uma importante escritora negra, falecida em 1977, moradora de uma comunidade carente em São Paulo e sustentava seus filhos com o trabalho de catadora de lixo. Tomou conta da cena literária brasileira ao ter seu diário publicado (Quarto de Despejo) na década de 1960.

Museu Afro Brasil

O Museu também possui um acervo riquíssimo voltado pra festividades nacionais como Carnaval do Rio de Janeiro, Festas folclóricas do Norte do país, etc. Há um Teatro dentro do Museu cujo espaço é usado para apresentações de dança e eventos universitários, levando o nome da considerada “Sacerdotiza da Dramaturgia - Ruth Souza”, atriz negra, importante nome na TV e no Teatro Brasileiro.

Há uma parte do Museu voltada também para a História do séc. XVI quando as grandes navegações chegaram ao Brasil e posteriormente, colonizadores portugueses escravizaram africanos por comércio. Também há uma parte interessante onde é mostrado os heróis do esporte, mais precisamente do futebol, que no Brasil é dominado por atletas de origem afro (OBS: Em São Paulo também há o Museu do Futebol, cujo conteúdo, infelizmente, não pude conhecer).

Não postei mais fotos porque não acho certo, já que a função do museu é justamente expôr e resguardar, mas não deixe de conferir se for o caso pois lá há MUITA, mas MUITA coisa!!

Enfim, o Museu é muito rico e aos sábados (dia que fui) estava com a entrada gratuita, sendo que é possível fazer uma doação em dinheiro de qualquer valor para ajudar na manutenção e valorização do Museu - modelo adotado em muitos museus ao redor do mundo.

Espero que tenham gostado da postagem e indiquem para quem se interessa por cultura negra e afro-brasileira 😊

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