A Antiguidade é um período histórico que conta da criação da escrita (Antes de Cristo) até a Queda do Império Romano, em 476 d.C. E por que esse período tão importante se tornou referência do que é História para muitos?
Nós, geralmente, estudamos esse período histórico no início dos Anos Finais na Escola, conhecido anteriormente como Ginásio, ou seja, estudamos sobre as civilizações da antiguidade no sexto ano (antiga 5ª série). Nesse período, para muitos, é o primeiro contato com a História... e criança AMA História!
É claro que a obrigatoriedade dos estudos tradicionais pode tornar tudo maçante e desinteressante para os pequenos, mas acredite: as crianças amam história, elas só não gostam de estudar. As vezes que dei aulas para as turmas de sexto ano elas adoraram: não por eu ser uma boa professora, mas por eu ser uma professora diferente, já que na escola que eu trabalho eu sou apoio (minhas aulas são excepcionalidades).
Além disso, estudar sobre a Antiguidade nos distancia demais da realidade: quando somos crianças, vemos esses seres humanos quase que como uma outra espécie (e isso pode ser fascinante). A História, quase sempre é contada pelos grandes líderes, certo? Então fica no inconsciente que a Antiguidade foi um período de plenas conquistas e grandes batalhas.
Vejo que essas referências são usadas nos temas de festa de aniversário, por exemplo, em imagens ilustrativas para se falar de História, em programas de TV, novelas, etc. Contudo, cabe salientar que a Antiguidade é assim chamada justamente por esses feitos. Em outras palavras, o período histórico que conteve grandes conquistas foi assim denominado, Idade Antiga, posteriormente a seu desenrolar.
Essa nomenclatura é um conceito positivista, filosofia europeia que tentava criar métodos científicos para todas as áreas de conhecimento. Mas não eram métodos científicos genéricos como a cultura popular conhece (imagine um doido num laboratório com seus produtos explodindo no rosto): eram métodos que objetivavam um consenso nas universidades mas que na prática soava como o cientista louco, com produtos explodindo no rosto (pesquise sobre o Positivismo).
Enfim... Espero que a Antiguidade continue tendo seu valor reconhecido mas sem cegueiras ideológicas e com a consciência de que quem vivia nesta época era um ser humano normal, de carne e osso, como eu e você.
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