sábado, 26 de maio de 2018

Desabafo de uma Estudante de História...

Hoje eu estava a conversar com meu marido sobre algo que me angustia como Estudante de História mas mais ainda a quem está nessa condição e encontra-se desempregado.

Há tendências estatais para a diminuição (e até completa eliminação) da disciplina "História" nas escolas brasileiras. E muitos me acham louca por empreender nessa jornada nesses tempos que lecionar História numa sala de aula está entrando em extinção.

Fim da História nas Escolas

Ontem mesmo ajudei a direção do meu colégio a organizar umas palestras sobre profissões e um professor de Geografia, conhecido meu, disse que as vezes é obrigado a dar aulas até de Gramática 😢

Acontece que não sei o que seria de mim sem essa escolha, sem a HISTÓRIA: Eu PRECISO acreditar que as coisas vão mudar, eu PRECISO acreditar que haverão novos concursos, que História será novamente valorizada e voltará aos currículos escolares, pois sem isto, eu não tenho combustível pra continuar.

Fico muito triste quando vejo professores atuantes dizendo que não haverão novos concursos, que a prefeitura está de mal a pior, que nossa profissão está fadada ao fracasso porque é esta vontade de ser professora que me move. Quero trabalhar com História, ser Historiadora caso for, mas nunca quis deixar a sala de aula. Estar com as crianças, os outros funcionários, os pais e toda comunidade escolar faz meus dias não terem rotina, levo alegria (e as vezes tristeza também) para casa, rio sozinha lembrando de coisas que aconteceu e quero que seja sempre assim. Já trabalhei em ambientes que só de lembrar me davam tristeza mas em escolas eu tenho muito mais a sorrir do que chorar.

Este é só um desabafo de quem tem medo do futuro, do professor de História torna-se objeto da História e não ser um ator no presente 💔

quinta-feira, 17 de maio de 2018

A Verdade sobre os atuais Estudantes de Direito do Brasil

Esses dias ocorreu uma coisa que me levou a criar esse vídeo. Não o fiz na intenção de gerar polêmica nem pra afrontar a pessoa que fez tal afirmativa mas apenas pra mostrar um ponto de vista que somente os estudantes de Direito costumam enxergar.

Confira abaixo:


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terça-feira, 8 de maio de 2018

A mudança das palavras ao longo do Tempo

Antigamente quando você se definia uma pessoa justa e correta, você podia até se auto denominar "um cidadão de bem". Hoje em dia este nome, "cidadão de bem", virou sinônimo de sujeito hipócrita, que prega uma coisa e não faz. Este nome é muito usado pra indicar pessoas que normalmente pregam uma ideologia política conservadora, mas é o caso de uma expressão mais usada por determinado grupo social (não é uma expressão de significado unânime, de alcance geral).

Outro fato curioso a respeito da origem de certas palavras é entender e conhecer suas mudanças ao longo do tempo. Quando usamos a palavra "crioulo" para indicar uma pessoa de pele negra, estamos incorrendo em algo considerado ofensivo, mas esta palavra pode assumir diferente significado quando conhecemos sua origem. Explicando: quando da colonização espanhola na América no Sul, os "criollos" eram os filhos de espanhóis nascidos na América, pertencentes a uma elite econômica considerável na época.

Eu não sei como este nome tornou-se o que hoje consideramos repulsivo, mas é interessante saber que muitas palavras assumem novos significados ao longo do tempo e nossos atos sociais interferem muito nisto. Aliás, ainda hoje, existem condutas humanas que não são definidas com um nome exato, mas pode chegar a um momento futuro que se tornem objeto de nomeação/ definição.

Assim aconteceu com "homofobia", "gordofobia", e tantas outras palavras que hoje são usadas para definir uma conduta que já existe a muito tempo. O português é uma língua riquíssima e não é de hoje que prego pela valorização de sua fala (vamos evitar esses nomes em inglês que nos são empurrados diariamente).

Mas voltando a falar de semântica e das palavras, o preconceito com o gay sempre existiu na maioria das sociedades. E com o gordo também. Logo, criar uma palavra para definir isto não torna estes temas menos importante, ao contrário, serve para facilitar a identificação de um problema.

Acontece que muitos idiotas sentem-se ofendidos com essas nomenclaturas, acham que é exagero tocar nesse assunto e qualquer reclamação é chamada de "mimimi". Porém, independentemente destas palavras existirem ou não, estes problemas existem e estas pautas são reais.

Se você não é homofóbico nem gordofóbico, não tem porquê se doer, certo? A vontade de levar essas discussões a público não deveria incomodar quem alega não praticar esses atos de grosseria. Alias, tais condutas não devem ser consideradas mera opinião pois, opinião que não respeita o outro como ele é, é discurso de ódio, e deve ser punido com o rigor da lei.

Antes de dizer que qualquer reclamação sobre algo é mimimi, tente-se colocar no lugar daquele que discursa, o mundo está precisando mais disto, de pessoas que saibam se colocar no lugar do outro.