Quando eu era criança gostava muito de desenhar e modéstia a parte, até desenhava bem. Minha mãe fazia assinatura dos gibis da Turma da Mônica e eu tentava criar minhas próprias histórias, fazia meus quadrinhos com papel ofício. Lembro até, vagamente, de uns personagens que criei (uma delas era uma aficionada por academia).
Aí a gente vai ficando mais velha e perde o hábito. Minha juventude foi engolida pelas cobranças acadêmicas, financeiras, e, embora meus pais sempre estivessem ali do meu lado apoiando, eles não tinham como lutar contra o capitalismo.
Sendo que a pouco tempo, desenhando no quadro para meus alunos, eu lembrei desse hábito. Meus alunos sempre elogiam meus desenhos que não são nenhuma obra de arte mas conseguem transmitir as mensagens que desejo.

Eu tô numa vibe de trabalho manual pois depois de engolida pelos problemas da vida, a gente precisa criar válvulas de escape para cuidar do nosso emocional.
Sim, acabei ressuscitando o hábito de desenhar. Dentre outros.
