Na minha faculdade (e na maioria delas) é considerada como Atividade Acadêmica Extra-curricular (Horas de Atividades Complementares) certos eventos culturais, como idas à cinemas e teatros, por exemplo (desde que haja um resumo/ resenha do evento).
Eu gosto de assistir filmes e de quase todos é possível fazer uma análise histórica do apresentado. O Filme Mulher Maravilha estreado este ano tem seus aspectos hollywoodianos mas também podemos dizer que cultural. Abaixo, confira o resumo que apresentei:
"Todos nós, em algum momento da vida, já ouvimos falar ou assistimos animações da icônica personagem Diana Prince, mais conhecida como a Mulher Maravilha. Apesar da fortíssima influência norte americana, a personagem é uma amazona da mitologia grega e isto é bem explícito no filme de 2017.
O filme inovou ao trazer os estereótipos do gênero “ação” para o universo feminino (apesar de não ser exatamente o primeiro filme cuja personagem principal é uma heroína, é o que mais tem chamado atenção com as vendas de bilheteria, e também por não cair tanto em estereótipos de "princesas" que procuram um grande amor) e tem sido muito repercutido entre os fãs de histórias em quadrinhos.
A estória conta que, na mitologia, Zeus criou o universo e os seres humanos. No entanto, o deus grego Ares (deus da guerra) tenta mostrar o quão falha a humanidade pode ser, sempre sujeita a guerras e busca de poder. Existe aí um embate entre Zeus e Ares, e, para nos proteger da guerra, Zeus cria as Amazonas, guerreiras poderosas que nos protegem e manter a paz.
As amazonas vivem em uma ilha, numa espécie de mundo paralelo escondido, para não serem encontradas por Ares. Lá elas passam o dia treinando artes de combate, bem como estudando línguas, filosofia, retórica, etc. Elas são mulheres muito fortes e inteligentes, representam um ideal no contexto grego/ helenístico. No filme, apesar da aparente paz, ocorre um momento em que um homem chega a ilha numa espécie de “travessia” do tempo. Ele está ambientado na Inglaterra do séc. XX, na época da II Guerra Mundial e trabalha como espião do governo britânico.
Ao conhecer Diana e as outras amazonas, podemos ter uma vaga noção de dois períodos históricos importantíssimos: A antiguidade clássica e o início do séc. XX, este último, marcado pelos paradigmas históricos estruturais e avanço da ciência.
Diana ajuda o viajante do tempo a enfrentar o exército alemão nazista e os atos heróicos que mais marcam o filme é dentro desse ambiente. Nos últimos anos, desde as recentes denúncias de abuso sexual ocorridas nas universidades norte americanas, o feminismo voltou com força total para os debates cotidianos, principalmente nos ambientes virtuais. Com certeza Mulher Maravilha estreou no momento oportuno para sua exibição, eis que tal filme deveria ter sido lançado em 1996. De fato, é uma obra que simboliza perfeitamente o chamado “Girl Power”.
Espero que tenham gostado da resenha e caso usem para suas análises acadêmicas, favor, dar os créditos ao texto que venho expôr de forma autoral. Um abraço, Thainá Santos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não deixe comentário anônimo, você pode usar seu link de perfil no Facebook ou Instagram para usar seu nome :)