Veja a primeira parte aqui!
Nesta segunda parte dos estudos sobre História Antiga Oriental veremos o desenvolvimento da Sociedade Egípcia ao longo do tempo e sua grande influência em diversas culturas ao redor do mundo.
O Egito não se desenvolveu apenas pela sua geografia favorável decorrente do Rio Nilo, também se desenvolveu por ação humana e existem lendas até sobre interferência alienígena. As pirâmides foram construídas não somente com utilidades funerárias (que eram seus objetivos principais), também serviram para marcar dinastias e deixar para a posteridade como símbolo de poder.
Ptolomeu, general macedônio de Alexandre o Grande, foi um faraó egípcio de grande importância na História. Você já ouviu falar de Tutancâmon? Tutancâmon foi uma múmia intacta encontrada que possibilitou entender os funerais e rituais egípcios como um todo, tendo assim seu nome gravado na história do Antigo Egito. O entendimento dos rituais funerários nos permitiu compreender a dinâmica política daquela época, como as questões relativas a maldições para evitar saques por exemplo, dentre outras tradições e costumes egípcios.
Filme "O Escorpião Rei", 2002 |
Em torno de 3000 a.C. surge a figura de Menés, sua representação nos hieróglifos é de um escorpião, daí a figura do “Escorpião Rei”. Sua representação é mítica pois une o alto e baixo Egito.
O Faraó como administrador controlava uma série de terras comuns, nelas haviam os trabalhadores egípcios e também os escravizados. No antigo Egito tudo girava em torno da figura do Faraó, que era visto como um deus vivo. Havia também a responsabilidade das grandes construções e quem ficava à frente deste trabalhos era o “Vizir”, construtor e auxiliar direto do Monarca. No governo de Djoser, o segundo (ou o primeiro) faraó da Terceira Dinastia do Império Antigo, reinou durante quase duas décadas e o Egito ganhou de fato sua estrutura Faraônica. Nesse sistema era presente a imobilidade social, a servidão coletiva e hereditariedade das funções (apesar desta última não ser tão rígida).
Sobre a Cultura e Religiosidade no Egito Antigo temos o primeiro período intermediário, onde ocorre a transformação do poder para figura do Faraó. Para o Médio Império a figura faraônica passa a ser sagrada, assim se isolando das questões mundanas.
Os Poderes locais e a Aristocracia passa a ter uma força singular na estrutura social: o próprio Faraó é fruto de uma representação mítica de uma batalha, que seria a reprodução de Maat, a reprodução da terra perante os deuse, sendo a própria casa da coroa de Hórus. Na mitologia consiste o seguinte: Atum, o princípio criador, “cuspiu” e de seu cuspe originou-se o casal de gêmeos Shu e Tefnut. Estes se reproduziram dando origem à Nut (céus) e a Geb (Terra) que eram interligados. Contudo, Atum ordenou que fossem separados proibindo-lhes qualquer união sexual. Geb e Nut desobedeceram esta ordem e Nut, os céus, engravidou de quatro gêmeos: Osíris, Isis, Seth e Néftis. Osíris (lua) casou-se com Ísis e tornou-se rei da Terra, ou seja, o primeiro faraó do Egito, eis que Ísis era herdeira legítima do trono.
Seth casou-se com Néftis mas como era estéril não tiveram filhos. A inveja dele para com Osíris o faz matá-lo e esquartejá-lo em 14 pedaços (1 para cada noite de lua minguante) e espalhou por todo Egito. Ísis procurou juntar os pedaços esquartejados para tentar ressuscitar o seu amado, mas de sua busca ainda faltava o “falo” (pênis). Nada deu resultado, Osíris continuava moto e Isis, num momento de tristeza, transformou-se num Falcão. Ao se transformar ela pousou no local do falo faltante e o fez surgir, com magia: assim foi concebido seu filho Hórus, que significa a união da vida e da Morte.
Seu tio Seth também tentou matá-lo mas Ísis o escondeu quando nasceu. Quando Hórus cresceu ele desafiou o seu tio e numa das batalhas Seth arrancou seu olho, lançando no oceano Celestial. De acordo com a mitologia egípcia nunca houve um vencedor entre eles. Foi decidido que Hórus deveria reinar sobre o Egito e Seth sobre deserto.
Existe também o mito/ texto na Estela da Fome que o Faraó DJoser estava muito triste e que este foi um período difícil e compreensão histórica por conta dos muitos caracteres místicos. De acordo com o texto, Djoser mantinha-se em seu palácio com sentimentos de profunda tristeza. O Egito era assolado por uma seca que já durava anos, o Nilo não transbordava, conseqüentemente, não depositava o lodo que fertilizava as terras para a prática agrícola e a população passava fome.
O Ritual de Mumificação no Antigo Egito usava de uma técnica para preservar os corpos após o óbito que não era acessível aos pobres. Desse modo só temos registros de pessoas influentes no reino faraônico, pessoas ricas, familiares do Faraó. Havia também a figura da “mentepsicose”, que era a crença de que a alma voltaria para o corpo do falecido após a morte.
O Zoomorfismo era a crença de que haviam deuses cuja aparência manifestava-se metade homem, metade animal. Este é um elemento mítico muito presente na mitologia egípcia. Já o Antropomorfismo era a representação divina com aspecto humano. O politeísmo teve origem nos Nomos e sua unificação, deste modo a maior parte do tempo o Egito Antigo cultou diversos deuses, renegando o monoteísmo.
Os elementos míticos das religiões egípcias abrangeram uma riqueza de detalhes sem igual. A ideia de um Tribunal de Osíris permeava o ritual de mumificação e todas as questões voltadas à morte nesse tempo. Os antigos egípcios acreditavam na vida após a morte. Para eles, após a morte física a alma passava pelo Tribunal de Osíris onde o indivíduo seria julgado pelas suas ações. O morto tinha que provar para os deuses que tinha tido uma conduta guiada pelos princípios morais da época. Até hoje podemos sentir esta influência quando usamos da expressão “Juízo Final”, por exemplo, ao nos referirmos a um suposto julgamento de almas com o advento da morte.
Falando de Política, temos a Co-regência como modelo de sucessão. Era comum entender a escolha do Faraó como política e religiosa, era algo que envolvia muitos poderes. Àquele que conseguia atingir uma sociedade pacífica era considerado o descendente legítimo de Hórus, obtendo grande influencia diante da população.
Ainda falando de política, os Nomos, regiões de domínio ao longo do Rio Nilo não desapareceram em momento algum nem estabeleceram exércitos pra definir suas fronteiras. Também temos as figuras do Vizir e do Sacerdote que exerciam papéis importantes na administração pública do Antigo Egito. Os poderes futuros denominados "tardios" são de um Novo Egito cada vez mais ligado ao Mar Mediterrâneo, às dominações Gregas e ao Império Romano.
No Primeiro Período Intermediário rolaram disputas políticas e a existência dos Nomos marcam a região, afastando-se de uma centralização. O Médio Império é considerado frágil pois tornou-se alvo de invasões, sendo a mais grave orquestrada pelos Hicsos. A História contada pelos egípcios não reconhece nenhum faraó nesta época justamente por causa deste domínio. Fator que facilitou o ocorrido foi a falta de associação militar na época.
O Segundo Período Intermediário é considerado obscuro pela História, uma vez que muitos dos seus registros foram destruídos no Novo Império. Neste período, a figura do Faraó foi reinventada como "Guerreiro", graças a nova organização desempenhada pelos grupos de egípcios revoltosos.
Tutmés III foi o consolidador e para garantir o apoio dos nomos utiliza-se do prestígio da rainha Hatshepsut. O nome do faraó era uma escolha política, sempre mudado ao assumir o poder e no Novo Império o nome mais famoso é o de Ramsés; os sucessores buscaram seu prestígio e a recorrência será perceptível. Ele tornou-se famoso por conduzir os egípcios na Batalha de Kadesh e por ser, provavelmente, os dos protagonistas do Êxodo. Era de origem nobre pois seu avô já havia sido general das dinastias que fundaram o Novo Império.
De 1070 à 715 a.C. ocorreu o Terceiro Período Intermediário acabando no que chamamos de "Baixa Época" até 332 a.C., com a conquista de Alexandre, O Grande. Desde aí o Egito não conseguiu mais conhecer seu antigo poder (apesar dele não ter desaparecido por completo).
Falando de Política, temos a Co-regência como modelo de sucessão. Era comum entender a escolha do Faraó como política e religiosa, era algo que envolvia muitos poderes. Àquele que conseguia atingir uma sociedade pacífica era considerado o descendente legítimo de Hórus, obtendo grande influencia diante da população.
Ainda falando de política, os Nomos, regiões de domínio ao longo do Rio Nilo não desapareceram em momento algum nem estabeleceram exércitos pra definir suas fronteiras. Também temos as figuras do Vizir e do Sacerdote que exerciam papéis importantes na administração pública do Antigo Egito. Os poderes futuros denominados "tardios" são de um Novo Egito cada vez mais ligado ao Mar Mediterrâneo, às dominações Gregas e ao Império Romano.
No Primeiro Período Intermediário rolaram disputas políticas e a existência dos Nomos marcam a região, afastando-se de uma centralização. O Médio Império é considerado frágil pois tornou-se alvo de invasões, sendo a mais grave orquestrada pelos Hicsos. A História contada pelos egípcios não reconhece nenhum faraó nesta época justamente por causa deste domínio. Fator que facilitou o ocorrido foi a falta de associação militar na época.
O Segundo Período Intermediário é considerado obscuro pela História, uma vez que muitos dos seus registros foram destruídos no Novo Império. Neste período, a figura do Faraó foi reinventada como "Guerreiro", graças a nova organização desempenhada pelos grupos de egípcios revoltosos.
Tutmés III foi o consolidador e para garantir o apoio dos nomos utiliza-se do prestígio da rainha Hatshepsut. O nome do faraó era uma escolha política, sempre mudado ao assumir o poder e no Novo Império o nome mais famoso é o de Ramsés; os sucessores buscaram seu prestígio e a recorrência será perceptível. Ele tornou-se famoso por conduzir os egípcios na Batalha de Kadesh e por ser, provavelmente, os dos protagonistas do Êxodo. Era de origem nobre pois seu avô já havia sido general das dinastias que fundaram o Novo Império.
De 1070 à 715 a.C. ocorreu o Terceiro Período Intermediário acabando no que chamamos de "Baixa Época" até 332 a.C., com a conquista de Alexandre, O Grande. Desde aí o Egito não conseguiu mais conhecer seu antigo poder (apesar dele não ter desaparecido por completo).
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