
Em 1996 foi descoberto, numa área central do Rio de Janeiro, ossadas de africanos trazidos ao Brasil na condição de escravos. Isso ocorreu graças a uma obra que estava sendo realizada por um casal de moradores da área e foram surpreendidos com material arqueológico.

Após análise profissional de biólogos e arqueólogos, descobriu-se que naquela região eram enterrados, sem nenhum tipo de formalidade, estes africanos traficados e a área hoje tornou-se um centro cultural de preservação dessa memória.
Os negros trazidos ao Brasil passaram muitos anos tendo sua cultura e identidade apagadas e o IPN trás ao visitante uma tentativa de reavivar essa memória tão forte, mesmo com o advento da diáspora.
A visita começa com um vídeo explicando tudo isso e mostrando o que foi feito nestes últimos anos pra valorização do espaço e a guia nos mostra o material arqueológico. Além disso, também há uma sala de exposição de arte afro-brasileira e uma biblioteca com títulos de famosos escritores negros, principalmente os que tocam em assuntos referentes à escravidão e ao racismo.

Enfim, é um lugar muito importante para a História do Brasil porque nos mostra como a escravidão foi nociva em várias aspectos da sociedade e nunca deve ser esquecida no sentido de valorização dos direitos humanos fundamentais juntamente com a luta de combate a qualquer tipo de preconceito de natureza racial e social.
Além da questão histórica e social, o lugar tem uma energia fortíssima. Mal cheguei e, ao ver as ossadas, comecei a chorar. Não sou do tipo de pessoa religiosa mas estar naquele ambiente mexeu muito comigo. Vale a pena a visita!! A entrada é gratuita e o lugar é muito simples, não tem a estrutura de um super museu, então, vale a pena deixar aquela contribuição para a manutenção desse espaço tão importante 😉
Endereço: R. Pedro Ernesto, 32-34 - Gambôa, Rio de Janeiro - RJ, 20220-350
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