Em meados de 2013 eu já tinha me formado em Direito, estava com 25, 26 anos e pensava em fazer outra faculdade. Não passava pela minha cabeça exercer a advocacia, a não ser por necessidade extrema. Sempre foi assim durante a faculdade e depois que me formei meu pensamento não mudou.
Fazer outra faculdade ainda era um pensamento distante, já que eu imaginava ter que formar o cenário perfeito pra começar outra graduação: eu achava que devia esperar as contas se acertarem (coisa que até hoje, nunca ocorreu), deveria esperar arrumar um trabalho qualquer, deveria esperar ter a faca e o queijo na mão, mas eu nunca consegui chegar a esse momento.
Até que em 2016, num surto qualquer fui lá e me matriculei numa faculdade particular mesmo (universidade pública nunca me encheu muito os olhos para graduação - num outro post falo porquê)... Me matriculei na Simonsen e depois pedi transferência para a Estácio, onde me formei.
Eu fiz História porque precisava, acima de tudo, de reafirmação: eu precisava de uma carreira, ter uma profissão pra exercer, precisava aprender tudo que não aprendi na escola, precisava me sentir confiante em relação aos meus conhecimentos... e deu certo! A faculdade de História me fez aprender MUITO, e é um curso encantador: a paixão pela Sociologia e pela Filosofia vieram juntamente com a graduação e hoje sou muito mais feliz comigo mesmo, mais confiante, não tenho medo dos estudos... enfim...
Mas não sei se uma segunda graduação é necessária para todos, nem sei se vale a pena para todos. Talvez pra quem fez a primeira muito jovem, como eu (eu entrei na faculdade com 18 anos), valha a pena pois dificilmente você tem maturidade nessa idade. Mas se a pessoa já se encontrou na primeira faculdade e quer estudar mais, talvez uma pós-graduação lato senso (ou um mestrado) valha mais a pena. Ou até um curso técnico/ profissionalizante: eles estão em alta no mercado.
Não me arrependo de ter feito História, nem de ter feito o curso normal, mas talvez, se pudesse voltar no tempo, teria invertido a ordem. E acredito que, conhecendo a mim mesma como me conheço, teria feito Direito de qualquer maneira, porque sempre quis ser servidora pública.
Acontece que comecei a perceber que você não PRECISA fazer Direito pra ser servidor público: claro que o curso vai te ajudar muito, mas caso você não tenha alguma deficiência intelectual, não há nada que você não possa aprender em outra faculdade ou por conta própria.
A maioria dos concursos jurídicos tem as mesmas matérias: direito constitucional, informática, RLM, direito administrativo... e são matérias que você pode estudar por conta própria: Youtube e Google estão aí pra isso.
Se é teu sonho fazer outra faculdade: se joga, mas saiba que você não precisa passar por todo esse processo novamente pra aprender o que deseja, até porque a postura ativa diante dos estudos é que nos faz aprender de verdade 😉
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não deixe comentário anônimo, você pode usar seu link de perfil no Facebook ou Instagram para usar seu nome :)