domingo, 24 de agosto de 2025

Livro: O menino do Dedo Verde

Na lista dos clássicos que todo professor infantil deveria ler, o livro "O menino do dedo verde" é muito presente mas eu sempre adiava a leitura. Mesmo eu tendo um exemplar na casa dos meus pais, nunca tinha parado para, ao menos, prestar atenção.

Preciso confessar um quase crime: eu era a filha babac@ que criticava tudo dos pais! As músicas que eles ouviam, os programas que viam na TV, e claro, os livros que possuíam. Talvez um dia, numa possível terapia, eu descubra o porquê desse comportamento lamentável, contudo, admitir já foi um grande passo.

Enfim, superada a fase babac4, fiz a limpa na estante dos meus pais quando eles se mudaram e trouxe o livro "O menino do dedo verde" aqui para minha casa (juntamente com outros exemplares).

Livro O menino do dedo verde capa antiga
o estado do livro ahahaha 😂

Sempre tive a sensação de que este livro era alguma obra obrigatória de escola, mesmo não lembrando se um dia fui obrigada a ler. Pesquisando sobre o tema, descobri que não era loucura da minha cabeça: O menino do dedo verde, de fato, era um livro cobrado nas escolas brasileiras do passado.

Além de jovem idiot4 com os pais, eu também era com os professores, e graças a isso, nunca lia o que era indicado. Lamentável? Sim! Mas não o fim do mundo, levando em conta que essas obras, geralmente, são melhores apreciadas na vida adulta.

A história conta a vida de um garotinho que vivia numa família fofa e exemplar, e tinha o poder de fazer crescerem flores e plantas com seu polegar. Sempre que ele tocava a terra com os polegares, fazia crescer uma linda e saudável vegetação. Tistu, o protagonista, descobriu seu dom graças ao jardineiro que cuidava da sua casa e tornou-se um amigo.

Contudo, Tistu, ao entrar na escola a primeira vez, não se adaptou bem ao ambiente e seu pai teve a ideia de educa-lo de maneira diferente: fazia-o aprender na prática sobre a vida com pessoas experientes em cada área.

Foi assim que Tistu começou a conviver com seu jardineiro e outros adultos.

Tistu também conheceu o Senhor Trovões, que era o chefe do seu pai na fábrica onde trabalhava. A missão do Senhor Trovões era ensinar a Tistu sobre a sociedade e sobre a ordem que a conduzia. Mas Tistu tinha suas próprias opiniões e, por vezes, não aceitava estes ensinamentos.

Tudo que eu disser além disto se torna spoiler, então, sugiro que você leia caso queira conhecer um pouco mais desta história.

História, alias, que tornou-se clássico comparado ao grande "O Pequeno Príncipe", pois, além da ambientação infantil melhor compreendida por um adulto, O menino do Dedo Verde também foi escrito por um autor francês e contém diversas metáforas para a vida e para a humanidade.

Eu li o O pequeno príncipe a primeira vez com 17 anos de idade e depois, com cerca de 30, e claro, a compreensão é diferente nas diferentes fases da vida. "O menino do dedo verde" também é assim apontado, mas nunca o li na juventude e, agora, está um pouco tarde para isto.

Mas, ao me deparar com esta história, cheguei a conclusão que talvez fosse melhor absorvida nos meus 20 aninhos (ou menos).

A verdade que a chegada dos 40 muda muita coisa na nossa cabeça, e a vida que levo em 2025 já não me permite tantos sonhos e romantismos. Com o frescor e ignorância da juventude, talvez eu curtisse mais a leitura. 

Resumindo: achei um livro um pouco raso considerando meu momento atual mas consigo perceber sua importância para uma mente mais jovem. Não sei se as crianças que convivo conseguem interpretar com tamanha profundidade.

E você? Já leu "O menino do dedo verde"?

domingo, 17 de agosto de 2025

Feira Literária EMAF 2022

Desde que decidi postar aqui neste blog alguns dos trabalhos que desenvolvi nesses 8 anos de município do Rio me senti muito bem pois me sinto segura! De que maneira? Esse blog é pouco visitado, geralmente quem chega até aqui são os responsáveis dos meus alunos e (são muito bem vindos) é para eles mesmos que volto estas postagens.

Em 2022, meu primeiro ano efetivamente em sala de aula, aconteceu tanta coisa... Eu já era AAEE a 5 anos na EMAF (Escola Municipal Almirante Frontin) e simplesmente adorava trabalhar lá. Adorar não significa que concordava com tudo, nem ficava feliz com tudo: significava que eu gostava muito dos funcionários de lá, que se tornaram grandes amigos. Como essa escola foi importante pra mim... 💖

Escola Municipal Almirante Frontin
EMAF 💗

Inclusive, minha direção na época me ensinou muito!! E graças a isso decidi voltar à EMAF como professora 🫶

Em 2022 eu tomei posse no início do ano e peguei duas turmas de 5º ano, uma pela manhã e uma pela tarde: uma das grandes maluquices da minha vida!! 🤣🤣

Acontece que eu queria fazer dupla, mas eu não imaginava como a carga de trabalho era puxada. Mesmo eu já trabalhando como AAEE a 5 anos naquele colégio, eu não tinha noção como é cansativo ser professor, ainda mais de 5º ano (que na época eu adorava, hoje tenho pavor). 😂

Eu estava começando a dar aula, tinha que impor respeito, então assumi uma postura muito rígida: os alunos tinham verdadeiro medo de mim hahahha 🤣🤣🤣

Claro que, com o passar dos meses as coisas foram melhorando. Mas ainda sim era muito difícil pois com duas turmas, eu tinha quase 80 alunos. Sinceramente, hoje olho pra trás e me pergunto como sobrevivi hahahaha.

Enfim, 2022 foi um ano de muitos erros e acertos, e, na verdade, estou aprendendo até hoje.

Escola Municipal Almirante Frontin

Um dos trabalhos que mais me marcou foi a Feira literária da EMAF, pois avisaram a gente em cima da hora e eu não pude elaborar nada muito legal. Alias, isso me deixava extremamente triste pois sempre sonhei em diversos projetos como professora mas hoje estou mais pé no chão. Além disso, me acostumei às cobranças loucas da SMERJ, de modo que meus trabalhos nunca vão ser 100% como nos meus sonhos.

Escola Municipal Almirante Frontin
Minha turma da manhã

Escola Municipal Almirante Frontin EMAF
Minha turma da tarde

A feira literária ocorreu em novembro de 2022 e como eu estava me estabelecendo como prof de História, decidi falar de três períodos importantes da História do Brasil: o período colonial, o período imperial, e o período republicano.

Os alunos deveriam falar de obras literárias de cada época, contudo, o que tinha foco nos livros acabou se tornando uma grande aula de História.

Escola Municipal Almirante Frontin EMAF

Escola Municipal Almirante Frontin
Muito amor por esses desenhos que fiz pra ilustrar nosso balcão de apresentação

Foi tão lindo ver meus alunos se apresentando para outras crianças, falando de História, mostrando o pouco que aprenderam nas aulas que eu mais gostava de dar. Como muitos sabem, sou prof de Anos iniciais (o antigo primário) e preciso dar aula de todas as matérias. Mas as aulas de História são especiais! Alias, meus alunos me conhecem como a prof de História e uma das coisas que mais alegra meu coração é quando os antigos dizem: Que saudades das suas aulas de História!😍🥰

Vou parar se não vou chorar!!

Escola Municipal Almirante Frontin

Escola Municipal Almirante Frontin
Duas alunas/ famílias mais que especiais 💗

Enfim... o que aprendi com esta feira literária? Que na SMERJ avisam a gente em cima da hora, temos que nos virar nos 30. E que mesmo que pareça simples e/ou bobo a nossos olhos, não é assim que os alunos enxergam. E também aprendi que certas coisas marcam o coração das crianças, assim como coisas que vivi na infância marcaram o meu.

Ao final da feira minha turma da tarde se apresentou para os alunos e para a direção, que me parabenizou pelo trabalho, enquanto eu me cobrava tanto. Uma grande amiga, inclusive, com anos de educação, disse que o estande das minhas turmas "cheirava" a História. Com certeza é um elogio que nunca esquecerei.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Oficina de Scrapbook com a turma - SMERJ Ciep Nelson Mandela

 

O que é Scrapbook
Concentrados na oficina de Scrapbook

Estes dias fiz uma oficina de Scrapbook com a turma para apresentá-los este passatempo que sou apaixonada. Eles deveriam montar pequenas páginas com técnicas de scrapbook, e o tema era a volta às aulas.

Oficina de Scrapbook - Ciep Nelson Mandela
Minhas bençãos

Ao apresentar o Scrapbook à turma nós falamos de criatividade, sentimentos, detalhismo, e sustentabilidade, matéria super cobrada nas disciplinas de Geografia e Ciências, desde o 1º ano.

Os dois modelos abaixo eu fiz para mostrar a eles, fiz na aula mesmo, ao vivo, mostrando dicas e técnicas. Usei foto deles mesmos.

Técnicas de Scrapbook
Modelos de Scrapbook que fizemos em sala de aula

Scrapbooking
Mural de Scrapbook das minhas bençãos

Finalizamos com um varal de exposição do feito por eles em sala de aula e ainda mandei para casa um kit de scrapbook para cada, para fazer um trabalho sobre a família. Quando eles me entregarem eu posto aqui os melhores trabalhos.