Na lista dos clássicos que todo professor infantil deveria ler, o livro "O menino do dedo verde" é muito presente mas eu sempre adiava a leitura. Mesmo eu tendo um exemplar na casa dos meus pais, nunca tinha parado para, ao menos, prestar atenção.
Preciso confessar um quase crime: eu era a filha babac@ que criticava tudo dos pais! As músicas que eles ouviam, os programas que viam na TV, e claro, os livros que possuíam. Talvez um dia, numa possível terapia, eu descubra o porquê desse comportamento lamentável, contudo, admitir já foi um grande passo.
Enfim, superada a fase babac4, fiz a limpa na estante dos meus pais quando eles se mudaram e trouxe o livro "O menino do dedo verde" aqui para minha casa (juntamente com outros exemplares).
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o estado do livro ahahaha 😂 |
Sempre tive a sensação de que este livro era alguma obra obrigatória de escola, mesmo não lembrando se um dia fui obrigada a ler. Pesquisando sobre o tema, descobri que não era loucura da minha cabeça: O menino do dedo verde, de fato, era um livro cobrado nas escolas brasileiras do passado.
Além de jovem idiot4 com os pais, eu também era com os professores, e graças a isso, nunca lia o que era indicado. Lamentável? Sim! Mas não o fim do mundo, levando em conta que essas obras, geralmente, são melhores apreciadas na vida adulta.

A história conta a vida de um garotinho que vivia numa família fofa e exemplar, e tinha o poder de fazer crescerem flores e plantas com seu polegar. Sempre que ele tocava a terra com os polegares, fazia crescer uma linda e saudável vegetação. Tistu, o protagonista, descobriu seu dom graças ao jardineiro que cuidava da sua casa e tornou-se um amigo.
Contudo, Tistu, ao entrar na escola a primeira vez, não se adaptou bem ao ambiente e seu pai teve a ideia de educa-lo de maneira diferente: fazia-o aprender na prática sobre a vida com pessoas experientes em cada área.
Foi assim que Tistu começou a conviver com seu jardineiro e outros adultos.
Tistu também conheceu o Senhor Trovões, que era o chefe do seu pai na fábrica onde trabalhava. A missão do Senhor Trovões era ensinar a Tistu sobre a sociedade e sobre a ordem que a conduzia. Mas Tistu tinha suas próprias opiniões e, por vezes, não aceitava estes ensinamentos.
Tudo que eu disser além disto se torna spoiler, então, sugiro que você leia caso queira conhecer um pouco mais desta história.
História, alias, que tornou-se clássico comparado ao grande "O Pequeno Príncipe", pois, além da ambientação infantil melhor compreendida por um adulto, O menino do Dedo Verde também foi escrito por um autor francês e contém diversas metáforas para a vida e para a humanidade.
Eu li o O pequeno príncipe a primeira vez com 17 anos de idade e depois, com cerca de 30, e claro, a compreensão é diferente nas diferentes fases da vida. "O menino do dedo verde" também é assim apontado, mas nunca o li na juventude e, agora, está um pouco tarde para isto.
Mas, ao me deparar com esta história, cheguei a conclusão que talvez fosse melhor absorvida nos meus 20 aninhos (ou menos).
A verdade que a chegada dos 40 muda muita coisa na nossa cabeça, e a vida que levo em 2025 já não me permite tantos sonhos e romantismos. Com o frescor e ignorância da juventude, talvez eu curtisse mais a leitura.
Resumindo: achei um livro um pouco raso considerando meu momento atual mas consigo perceber sua importância para uma mente mais jovem. Não sei se as crianças que convivo conseguem interpretar com tamanha profundidade.
E você? Já leu "O menino do dedo verde"?
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