terça-feira, 27 de junho de 2017

Como se encontrar profissionalmente?

Na postagem anterior eu compartilhei sobre meu cargo de Agente de Apoio à Educação Especial (AAEE) na prefeitura do Rio, na Secretaria Municipal de Educação, e quis aproveitar pra falar de um assunto tenso, principalmente pra quem acabou de terminar o ensino médio e pensa em cursar uma faculdade.

Essa determinação e garra que hoje sinto orgulho em dizer que tenho nem sempre foram assim. Durante quase toda minha vida eu me via correndo em círculos, sem saber o que fazer, sempre pendendo entre o "que dá dinheiro" e o que gosto de verdade. É algo clichê, mas que eu queria poder mudar para todos que conheço. Eu sempre pulava de emprego em emprego, pensava nas ideias mais estapafúrdias pra ver dinheiro entrar... e nunca estava feliz.

Quando finalmente eu percebi meu lugar no mundo tudo mudou. O que me fez desenvolver um verdadeiro amor pelo conhecimento e pelos estudos foi criar consciência política, entender nossa economia e nossa sociedade, enfim, estudar política.

Sei que para muitos é um assunto chato, mas estude política, não se limite a assistir os acontecimentos na TV e nas grandes mídias. Quando nos conscientizamos sobre nosso lugar no mundo, entendemos um pouco de filosofia e sociologia, fica mais fácil enxergar a relevância de cada profissão. Ao entendermos o que um profissional faz, sua contribuição para um mundo melhor, e principalmente, o que a ausência desse profissional acarreta, entendemos seu valor. Desse modo, conseguimos pensar se temos paixão ou não por alguma carreira.

Tá, mas como se encontrar profissionalmente?

O primeiro passo eu mencionei acima, entendendo um pouco de filosofia e sociologia, sistemas políticos e econômicos, e também assumindo uma postura política, seja ela qual for.

Após este conhecimento tudo fica mais claro, você passa a querer contribuir para uma sociedade melhor, porque trabalho é isso: querer fazer a diferença, sempre ser melhor que seus antecessores na área que você gosta.

Qual profissão seguir
Conheça seu jeito de estudar, isso ajuda muito. Eu faço resumos!

Entenda uma coisa: provavelmente, MUITO PROVAVELMENTE, você vai começar a trabalhar em algo que não é exatamente o que você queria. Se uma pessoa deseja ser astronauta na NASA, provavelmente ela vai começar em cursinhos básicos de ciências exatas para entrar na aeronáutica, num cargo de praça. Isso não é nenhum problema, é assim que se ascende profissionalmente. Nada te impede também de desenvolver amor por essa profissão "escada", todas tem o seu valor.

Se você conseguir identificar uma profissão mais acessível que esteja ligada ao seu grande sonho: SE JOGUE! Nunca tive o sonho de ser professora de História, mas é a profissão mais acessível no momento, dentro do que gosto de estudar. Então, bora lá ser professora!! Uma coisa que ocorre demais na jornada profissional é conhecermos cargos que nem sonhávamos que existia, você só vai conhecer quando estiver estudando.

E não se limite à "faculdade". Cursos técnicos são uma ótima opção porque são mais curtos e te colocam no mercado de trabalho com mais facilidade. O ideal é o técnico atrelado a mais especializações e até uma faculdade, por que não? Acredite, sempre tem coisa nova pra se estudar e se você fizer o que gosta, nunca será um sacrifício. Estudar é um investimento que sempre vale a pena.

Eu não sou a aluna perfeita nem a profissional exemplar. Tem dias que não estou afim de estudar nem de sair de casa pra trabalhar, isso é normal, mas hoje eu posso dizer que AMO o que faço 💖 Se todos tivessem a oportunidade de viver isto, o mundo seria um lugar bem melhor.

domingo, 25 de junho de 2017

Resenha/ Resumo Filme: Mulher Maravilha - 2017

Na minha faculdade (e na maioria delas) é considerada como Atividade Acadêmica Extra-curricular (Horas de Atividades Complementares) certos eventos culturais, como idas à cinemas e teatros, por exemplo (desde que haja um resumo/ resenha do evento).

Resumo do Filme Mulher MaravilhaEu gosto de assistir filmes e de quase todos é possível fazer uma análise histórica do apresentado. O Filme Mulher Maravilha estreado este ano tem seus aspectos hollywoodianos mas também podemos dizer que cultural. Abaixo, confira o resumo que apresentei:

"Todos nós, em algum momento da vida, já ouvimos falar ou assistimos animações da icônica personagem Diana Prince, mais conhecida como a Mulher Maravilha. Apesar da fortíssima influência norte americana, a personagem é uma amazona da mitologia grega e isto é bem explícito no filme de 2017. 
O filme inovou ao trazer os estereótipos do gênero “ação” para o universo feminino (apesar de não ser exatamente o primeiro filme cuja personagem principal é uma heroína, é o que mais tem chamado atenção com as vendas de bilheteria, e também por não cair tanto em estereótipos de "princesas" que procuram um grande amor) e tem sido muito repercutido entre os fãs de histórias em quadrinhos. 
A estória conta que, na mitologia, Zeus criou o universo e os seres humanos. No entanto, o deus grego Ares (deus da guerra) tenta mostrar o quão falha a humanidade pode ser, sempre sujeita a guerras e busca de poder. Existe aí um embate entre Zeus e Ares, e, para nos proteger da guerra, Zeus cria as Amazonas​, guerreiras poderosas que nos protegem e manter a paz. 
As amazonas vivem em uma ilha, numa espécie de mundo paralelo escondido, para não serem encontradas por Ares. Lá elas passam o dia treinando artes de combate, bem como estudando línguas, filosofia, retórica, etc. Elas são mulheres muito fortes e inteligentes, representam um ideal no contexto grego/ helenístico. No filme, apesar da aparente paz, ocorre um momento em que um homem chega a ilha numa espécie de “travessia” do tempo. Ele está ambientado na Inglaterra do séc. XX, na época da II Guerra Mundial e trabalha como espião do governo britânico. 
Ao conhecer Diana e as outras amazonas, podemos ter uma vaga noção de dois períodos históricos importantíssimos: A antiguidade clássica e o início do séc. XX, este último, marcado pelos paradigmas históricos estruturais e avanço da ciência. 
Diana ajuda o viajante do tempo a enfrentar o exército alemão nazista e os atos heróicos que mais marcam o filme é dentro desse ambiente. Nos últimos anos, desde as recentes denúncias de abuso sexual ocorridas nas universidades norte americanas, o feminismo voltou com força total para os debates cotidianos, principalmente nos ambientes virtuais. Com certeza Mulher Maravilha estreou no momento oportuno para sua exibição, eis que tal filme deveria ter sido lançado em 1996. De fato, é uma obra que simboliza perfeitamente o chamado “Girl Power”.

Espero que tenham gostado da resenha e caso usem para suas análises acadêmicas, favor, dar os créditos ao texto que venho expôr de forma autoral. Um abraço, Thainá Santos.

domingo, 18 de junho de 2017

Profissão: Agente de Apoio à Educação Especial

Tem tempo que não passo por aqui, se você acompanha este Blog já deve ter notado.

Deixa eu contar pra vocês... Como alguns aqui sabem, sou formada em Direito mas não trabalho na área. Eu tive uma graduação mediana e não consegui me encontrar na profissão pois na época eu não tinha a cabeça que tenho hoje, logo, não entendia muito bem o papel social do advogado (hoje eu entendo, mas é assunto pra outra postagem).

Ano passado decidi começar uma nova graduação: História ⏳. Contei nesta postagem aqui. Sei que muitos tem preconceito com licenciaturas mas não estou nem aí: sou apaixonada por História e amando o curso.

No tempo em que estive desempregada entre o fim da primeira faculdade (2012) e o início da segunda (2016) comecei a vender doces e muitos que acompanham o Blog chegaram aqui por esse motivo, pelos vídeos de receitas pra vendas e também os motivacionais.

Eu adorava vender doces mas também é um serviço puxado pois não há uma renda fixa, há dias maravilhosos, mas há muitos dias difíceis.

Durante o tempo desempregada ou pulando de um emprego a outro eu fiz um concurso pra prefeitura do Rio, pra trabalhar na área de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação. O concurso rolou em 2014 e a prefeitura da época ficou se amarrando pra chamar os aprovados.

A Defensoria Pública entrou com ação obrigando o prefeito Eduardo Paes a chamar, pelo menos, os 150 primeiros colocados e como eu não estava entre eles pensei: "Ah, se convocaram por pressão judicial, não vão chamar mais ninguém". Ainda bem que me enganei...

Dia 10 de fevereiro, aproximadamente 21h, minha mãe me liga empolgada e emocionada: Meu nome tinha saído no Diário Oficial 😃😃😃 Como eu já não esperava mais nada deste concurso, eu não acompanhava mais as notícias, mas minha mãe não, ela sempre acompanhava por também ser funcionária da SME.

Fiquei MUITO feliz, finalmente iria ter um emprego fixo e seguro, mas estava com medo pois estava trabalhando num consultório de uma dentista muito querida, que, apesar do salário baixo, era uma função muito tranquila e confortável. Além disto, eu iria trabalhar com crianças deficientes e isso me dava um medo... Quem aqui acompanha sabe: fui Au pair no passado e achava o trabalho com crianças bem puxado. Mas eu fui, com a cara e a coragem...

Ontem fez 3 meses que comecei a trabalhar como Agente de Apoio à Educação Especial e quer saber? Estou MUITO FELIZ!!! Sempre ouvia as pessoas falando que quem trabalha com Educação Especial se apaixona e eu achava que era demagogia, mas hoje entendo porquê: é realmente apaixonante.

Educação Inclusiva


Cada dia que passa sinto mais orgulho da minha profissão e mais amor pelas minhas crianças (olha ela, já está até chamando de "minhas" hahaha). Elas são carinhosas, risonhas, cada uma tem uma história pra contar e eu amo todas sem distinção.

Claro que como todo trabalho, tem seus dias difíceis mas quando eu trabalhava em escritório, por exemplo, só tinha história triste pra contar; hoje chego em casa rindo sozinha, só com boas coisas pra contar 💝

Isto tem me ajudado também na faculdade, já que hoje estou vivenciando o que é a área da educação. Fazer História tem se mostrado o caminho mais acertado que tomei. A única coisa ruim é que estou sem tempo pra me dedicar aos vídeos do canal e a venda de doces (até porque pobre "nóis" continua). Mas agora que minhas provas da faculdade acabaram vou tentar arrumar um caminho pra voltar a fazer meus doces que amo e os vídeos também.

Enfim... é isso. Beijos, Thainá!!

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Viagem à Penedo, em Itatiaia - Rio de Janeiro

No dia 11 de junho eu, realizei visita guiada ao bairro Penedo, em Itatiaia, no Rio de Janeiro. Este bairro tornou-se a principal colônia finlandesa no Brasil desde o início do séc. XX, e pode ser percebido na arquitetura de seus imóveis, bem como na presente cultura local, a forte influência européia.

De acordo com a historiografia, um grupo de finlandeses veio à região para tentar criar uma nova ordem, um novo estilo de vida, diferente do que estavam acostumados em suas terras natais. Desejam levar uma vida mais natural, longe do frio do norte europeu, onde praticariam cultura de subsistência (como hortas, por exemplo) num estilo mais vegetariano e naturalista. Criou-se um plano para a vinda de mais finlandeses à Penedo durante essa época com o fim de desenvolver a colônia; no entanto, a guerra e decepção com o trabalho na lavoura fizeram muitos desistirem.

Após tentativas (e falhas) de desenvolvimento de certas monoculturas, os colonos finlandeses conseguiram se unir em regime de cooperativa, o que originou uma das bases do atual Clube Finlândia, na Avenida dos Mangueirais. Atualmente vivem poucos finlandeses na região e Penedo tornou-se pólo turístico, especialmente para casais apaixonados.

O que fazer em Penedo. Itatiaia

A Gastronomia é ponto alto em Penedo, onde podemos nos satisfazer com as tradicionais trutas e chocolates caseiros. Na Fábrica de Chocolate, a segunda mais antiga de Penedo, é possível ver o processo de criação dos doces em sua etapa final. Outro ponto no coração de Penedo a ser visitado é a Casa do Fritz, tradicional restaurante com culinária típica alemã e suiça. É possível saborear chopes claros e escuros, bem como uma boa variedade de cervejas artesanais.

Enfim, Penedo é um ótimo destino romântico mas também mantém suas raízes naturalistas desde a vinda dos finlandeses, pois possui parques e cachoeiras com ótimo estado de preservação. No início do séc XX ainda perduravam as idéias de “braqueamento” da população brasileira iniciadas com a vinda da coroa portuguesa no séc. XIX, logo, os imigrantes finlandeses não encontraram grandes dificuldades pra se estabelecer nessas terras, mas hoje em dia são poucos os que ainda residem em Penedo.

OBS.: Este texto é de minha autoria, criado para apresentação de relatório de atividades acadêmicas complementares. Não copie e caso use-o para auxiliar em seus estudos, por favor, dê os créditos

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Dica para obter horas de atividades complementar e valorizar o currículo: Trabalho Voluntário

Sei que em época de crise estamos todos desesperados precisando de dinheiro e não sou a favor de escravidão, mas uma coisa que enriquece demais o currículo do estudante é o Trabalho Voluntário.

O Trabalho Voluntário não precisa ser nada de super elaborado nos mais remotos locais africanos e com certeza há diversos lugares na sua cidade precisando de seu conhecimento neste momento. Vivemos num período difícil no Brasil e qualquer coisa que valorize o trabalho dos outros já ajuda e muito. O Trabalho Voluntário cai como uma luva nesse sentido pois quando você ajuda um pequeno empreendedor local você está ajudando seu bairro.

Como fazer Trabalho Voluntário
Centro Educacional Pereira Araújo,
meu primeiro trabalho voluntuário
Além disto é comum as faculdades aceitarem como atividade acadêmica complementar a realização de trabalhos voluntários. Eu, por exemplo, realizei um tipo de trabalho numa creche próxima à minha casa pois na época que fui Au pair eu precisava comprovar algum tipo de experiência com crianças. Depois realizei novamente pra ganhar as horas de atividades acadêmicas complementares: super valeu a pena.

O Trabalho Voluntário valoriza o profissional que mostra não pensar somente em dinheiro, mas também em conhecimento. Em certas profissões a experiência conta até mais que o conhecimento teórico. Quem faz Direito, por exemplo, sabe que botar a mão na massa te faz aprender mais a elaborar peças que o ensinado nas aulas, isso é um fato.

Pense na sua graduação e nos campos em que pode atuar: pense fora da caixa pra buscar onde atuar. Na área de História, por exemplo, seria comum empregar o nosso conhecimento em museus, mas não existe só esta possibilidade: você pode, uma vez por mês, fazer alguma atividade relativa à História num asilo de idosos, por exemplo. Ou num orfanato. Ou em uma associação de moradores. Enfim...

As possibilidades são muitas na área de humanas e acredito que até nas áreas de exatas também haja oportunidades. Só tome cuidado pra não gastar sua energia e conhecimento com empresários exploradores e estar tomando a vaga de alguém que precise de emprego. Posteriormente farei uma postagem com ideias específicas para os estudantes de História e Direito, então, continuem acompanhando aqui no Blog as novas postagens. Um abraço, Thainá Santos.