Numa postagem anterior eu menciono alguns pontos do porquê não existir doutrinação marxista na nossa sociedade como alguns líderes da direita brasileira afirmam. O Brasil pode ter avançado muitos passos a frente ao incluir o negro, o pobre, o periférico nas universidades, mas ainda sim a cultura dominante no nosso país é a cristã.
A cultura cristã se opõe em muitos aspectos ao marxismo e ao comunismo, mas ainda sim existem pessoas que enxergam pontos em comum. Esse "suposto" ponto em comum é dito pelo fato do comunismo almejar uma sociedade mais igualitária (teoricamente o cristianismo preza pelo mesmo) mas na prática vemos que é isso não é verdade.
Numa sociedade igualitária, com boa distribuição de renda, ausência de classes e castas não é preciso que a população apele para forças "sobrenaturais" para conquistar uma vida digna. Sei que isto soa meio utópico mas do que as religiões se alimentam? Não seria o "inferno" uma invenção pra impôr medo? É até ingênuo por parte de certas pessoas acreditar que um dia o Vaticano irá "doar" toda sua fortuna pra acabar com a fome e a miséria sendo estas necessárias para a manutenção. Em outras palavras, as igrejas e os templos religiosos no geral precisam de "fome", "miséria" e "desgraça" pra sobreviverem.
Atualmente a religião que mais cresce no Brasil é o Cristianismo Protestante, esse mesmo que visava combater a corrupção na Igreja católica romana, esse mesmo que repudiava a venda de indulgências, esse mesmo que hoje prega "prosperidade".
No Cristianismo Protestante é muito cômodo você pintar e bordar, fazer mal a diversas pessoas e depois simplesmente "aceitar Jesus". Algumas religiões de origem africana pregam que o que se faz, se paga, e talvez essa ideia meritocrata desagrade alguns cristãos (além do racismo gritante), talvez seja por isto tão marginalizadas.
Os evangélicos protestantes não contentam-se somente com os arrependidos, os ex-bandidos, os ex-gays (como se isto existisse), as ex-prostitutas: eles querem mais. Eles querem doutrinar comunidades indígenas que ainda não os conhecem, levar a "palavra" mesmo que isto signifique uma afronta aos costumes e ritos indígenas, "europizar" (nem sei se este verbo existe) indígenas latino americano, exatamente como ocorreu nos EUA (você conhece algum índio norte americano?) e como ocorreu na época dos Jesuítas... Ai como eles são bonzinhos...
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A cara de "felicidade" dos índios |
A ética, o respeito, a moral e tudo mais que nos difere dos animais são pregadas por outras religiões e de nada adianta se impostas pelo medo. A gente precisa é de educação questionadora, pensamentos livres, debate e estudos. A religião não é discutível, não é como numa sala de aula onde há troca de ideias, é somente uma pessoa falando e as outras dizendo 'amém'. Nossos índios e nosso país não precisam disto.
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