domingo, 30 de dezembro de 2018

A História de nossa querida Biblioteca Nacional

Conheça a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

No dia 13 dezembro eu pude realizar visita à Fundação Biblioteca Nacional, situada no centro do Rio de Janeiro, instituição vigente no endereço desde 1910.

A Biblioteca Nacional fica na Avenida Rio Branco em frente à Cinelândia e tem mais de duzentos anos como instituição, mas seu prédio atual foi inaugurado em 1910 compondo um cenário inspirado nas antigas cidades europeias. Atualmente é considerada uma das instituições mais antigas do país; seu acervo chegou ao Brasil em 1808 juntamente com a Família Real e, a princípio, contava com cerca de 60.000 (sessenta mil) itens.

Vista da Biblioteca Nacional

Hoje possui aproximadamente 9 milhões de itens e, por isso, foi considerada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como uma das mais importantes bibliotecas nacionais do mundo. É também a maior biblioteca neste estilo da América Latina.

A Biblioteca é aberta ao público gratuitamente para visitas informais mas também possui passeios guiados para grupos específicos agendados previamente. Quem quiser cadastrar-se para estudar na Biblioteca também há essa opção mas tudo é meticulosamente organizado, por tratar-se de um prédio histórico de enorme relevância nacional.


A História de nossa querida Biblioteca Nacional
Biblioteca linda né? Um espetáculo

Enfim, a Biblioteca Nacional não é apenas um local de estudos mas também de salva guarda de importantes livros, manuscritos e folhetins que fazem parte da história e da cultura nacional. A entrada é gratuita, possui porta-volumes e o endereço é Av. Rio Branco, 219 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20040-008.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Conheça o IPN - Instituto Pretos Novos, no Rio de Janeiro


Em 1996 foi descoberto, numa área central do Rio de Janeiro, ossadas de africanos trazidos ao Brasil na condição de escravos. Isso ocorreu graças a uma obra que estava sendo realizada por um casal de moradores da área e foram surpreendidos com material arqueológico.


Após análise profissional de biólogos e arqueólogos, descobriu-se que naquela região eram enterrados, sem nenhum tipo de formalidade, estes africanos traficados e a área hoje tornou-se um centro cultural de preservação dessa memória.

Os negros trazidos ao Brasil passaram muitos anos tendo sua cultura e identidade apagadas e o IPN trás ao visitante uma tentativa de reavivar essa memória tão forte, mesmo com o advento da diáspora.

A visita começa com um vídeo explicando tudo isso e mostrando o que foi feito nestes últimos anos pra valorização do espaço e a guia nos mostra o material arqueológico. Além disso, também há uma sala de exposição de arte afro-brasileira e uma biblioteca com títulos de famosos escritores negros, principalmente os que tocam em assuntos referentes à escravidão e ao racismo.


Enfim, é um lugar muito importante para a História do Brasil porque nos mostra como a escravidão foi nociva em várias aspectos da sociedade e nunca deve ser esquecida no sentido de valorização dos direitos humanos fundamentais juntamente com a luta de combate a qualquer tipo de preconceito de natureza racial e social.

Além da questão histórica e social, o lugar tem uma energia fortíssima. Mal cheguei e, ao ver as ossadas, comecei a chorar. Não sou do tipo de pessoa religiosa mas estar naquele ambiente mexeu muito comigo. Vale a pena a visita!! A entrada é gratuita e o lugar é muito simples, não tem a estrutura de um super museu, então, vale a pena deixar aquela contribuição para a manutenção desse espaço tão importante 😉

Endereço: R. Pedro Ernesto, 32-34 - Gambôa, Rio de Janeiro - RJ, 20220-350

domingo, 23 de dezembro de 2018

Livro: Capitães da Areia, Jorge Amado

Eu nunca tinha lido nada de Jorge Amado nem fazia ideia que muitas séries e novelas eram inspiradas em seus livros (Gabriela Cravo e Canela, Tieta do Agreste, Porto dos Milagres, Dona Flor, etc) mas rondando a sala de leitura da escola onde trabalho achei um exemplar de Capitães da Areia e resolvi ler.



A leitura no início foi um pouco lenta e houve uma certa dificuldade por conta da "baianidade" expressa no livro: são muitas gírias e a estória é toda ambientada na Bahia, mais precisamente na praia, onde um grupo de meninos de rua vivem numa espécie de trapiche. 

O autor conta a vida desses meninos, fazendo-se única cada estória, e a riqueza de detalhes é tão grande que você acredita que estes meninos possam realmente ter existido: mas é apenas ficção.

Os personagens são riquíssimos em detalhes e cada um tem uma personalidade tão peculiar que quanto mais você lê mais você quer conhecer, entender e tornar-se íntimo daquele universo.

Jorge Amado tentou nos mostrar o dia a dia de meninos de rua e pra isso até chegou a dormir entre eles por algumas semanas antes de escrever Capitães da Areia. Ele escreve tão bem, mas tão bem que você fica imaginando que o próprio autor já passou necessidades, mesmo isto não tendo ocorrido.

No grupo de personagens há um líder, um mais sensato, um mais vida louca e também há o padre que, seguindo na contra-mão dos princípios católicos, ajuda esse grupo de meninos e deles obtém o respeito. Também há uma personagem feminina que entra no meio da estória e vira uma espécie de referência entre o grupo.

Cada estória é tão bem escrita que você passa a ter compaixão até com os "vilões". Eu considero não somente um livro mas uma obra de arte que deveria ser tombada como patrimônio histórico brasileiro. Sério, Capitães da Areia é um dos melhores livros que já li na vida!!

Depois de ler este livro fiquei mais apaixonada ainda pela cultura nordestina, pelas novelas e romances ambientados no nordeste brasileiro, coisa que sempre gostei desde meus tempos de criança. Essa cultura me faz lembrar coisas boas como férias na praia, reunião com a família pra assistir Tieta ou Mulheres de Areia mas também tem um apelo muito forte no meu imaginário social, pois vejo a luta nordestina como a verdadeira resistência brasileira, uma afronta ao imperialismo norte-americano e europeu e sou completamente apaixonada por tudo isso.

Quando recentemente foi lançada uma nova versão da mini série Gabriela Cravo e Canela (com a Juliana Paes) eu fiquei doida, pois mesmo sem saber desse histórico eu já adorava todas as novelas ambientadas no sertão nordestino, novelas sobre cangaço e cordel, e hoje como militante pró valorização nacional sou mais apegada ainda a essa temática.

Demorei a fazer esta resenha aqui no Blog mas como hoje fui marcada numa corrente sobre livros no Facebook, resolvi trazer a vocês essa dádiva que é a leitura desse livro. Sério, não deixem de ler, é muito MARAVILHOSO!!

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