Esta postagem é uma continuação da primeira (veja aqui) onde eu resumi alguns pontos importantes sobre as relações de trabalho ao longo do tempo. Naquele dia não pude continuar, mas hoje vim concluir alguns pontos de destaque.
Nós conseguimos perceber que a alternância de poder e de modelos econômicos é muito importante pois como falei na postagem anterior, todos têm falhas e tendem a saturar-se.
O Neoliberalismo
Foi instaurada a ideia de bem estar social, onde o empregado obteve mais direitos e conforto. Contudo, isto gerou uma certa comodidade e lentidão no progresso, de acordo com alguns governantes da época. Entrou aí em cena o Neoliberalismo.
Margareth Thactcher no Reino Unido e Rolnald Reagan nos EUA assumiram o poder na década de 1980 e foram nomes importantes nesse sistema econômico. Ambos defendiam a liberdade das relações econômicas e a ausência do Estado nas relações trabalhistas. Entendiam que assim incentivariam os trabalhadores mais esforçados e fariam a máquina econômica crescer.
Suas propostas eram basicamente: menos aposentadoria pública (de preferência, sua privatização), menos auxílios trabalhistas no geral, bem como a privatização de empresas e serviços.
A queda da União Soviética contribui para que o neoliberalismo ganhasse popularidade na época. Ideais competitivos assim se popularizavam. Mas este modelo não pôde continuar pra sempre e até hoje vemos reflexos positivos, mas também negativos.
Algumas críticas ao liberalismo econômico e ao neoliberalismo são baseadas na crueldade e desumanidade que pode ocorrer ao não levar em conta o bem estar dos menos favorecidos. Embora deva-se valorizar o esforço do trabalhador empenhado, garantir conforto aos outros trabalhadores também é de suma importância para que não haja crescimento da violência, roubos, desigualdade social, etc.
Nem todos os trabalhadores rendem da mesma maneira, mas dos que não rendem, nem sempre é por falta de empenho. As condições de oportunidades pra cada pessoa deve ser levada em conta ao comparar-se ritmo de trabalho. Esta é uma das maiores críticas ao liberalismo econômico.
O Empreendedorismo
Atualmente a taxa de desemprego é grande na Europa e os mais jovens são os que sentem com mais força. Existe uma categoria conhecida como "inempregáveis" que são pessoas com pouca ou nenhuma qualificação profissional que não tem como investir num curso de profissionalização e/ou graduação. Isto também ocorre no Brasil e está cada dia mais comum, infelizmente. Diante da modernização das máquinas e robótica, a tendência é só piorar. Certos ramos já pararam de crescer, como o sistema bancário, por exemplo, dificultando a criação de novas vagas de emprego.
Deste modo despertou-se a ideia de criar uma alternativa de renda própria. O empreendedorismo é o conjunto de iniciativas nesse sentido. O SEBRAE - Serviço Brasileiro de apoio à pequena e microempresa - é uma instituição focada a ensinar e amparar esses pequenos empresários. Outro modo bastante popular de iniciativas de trabalho é a união por meio de cooperativas.
As cooperativas ocorrem por união de força de trabalho (conhecida vulgarmente como "coopergato") ou por união de "conhecimento", trabalho, entre pessoas com o mesmo nível intelectual, exercendo atividades similares. Este modelo mencionado é mais próximo das antigas tradições europeias do séc. XIX.
As pessoas da era contemporânea estão passando pelo desafio da criação de novas oportunidades de trabalho e em certos casos até voltando aos modelos mais antigos, onde a produção integral de certos bens era concentrado na mão de uma única pessoa. Assim é o mercado de trabalho, sempre modificando-se, com seus altos e baixos.
Espero que tenham gostado do texto e que estes resumos ajudem as pessoas que cursam esta disciplina na faculdade, bem como aos interessados em saber mais sobre relações de trabalho ao longo do tempo.
Referências bibliográficas:
1. DELGADO, Maurício Goldinho. Capitalismo, trabalho e emprego. São Paulo: LTR, 2005.
2. MARRAS, Jean Pierre. Relações trabalhistas no Brasil. São Paulo: Futura.
3. PINTO, Bernadete E. de Rosa. A flexibilização das relações de trabalho. São Paulo: LTR, 2005.
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