Cá estava eu, vendo um vídeo do Canal Nerdologia (canal sobre ciências e história), e fico diante de um fato que eu já desconfiava, mas precisava de um caso concreto pra mostrar: As ciências exatas precisam das ciências humanas.
Sobre este assunto, recordo-me das aulas de Psicologia do Curso de Formação de Professores, quando a professora nos ensinou os diferentes tipos de inteligência segundo a teoria e os estudos de Howard Gardner.
No vídeo do Canal Nerdologia é explicado sobre o surgimento do vírus Ebola e como antropólogos e historiadores tiveram que trabalhar com populações africanas que se recusavam a mudar suas tradições funerárias. Para quem não sabe, a última epidemia do vírus Ebola, em 2013/ 2014, deu-se, principalmente, por conta de certas práticas nos rituais funerários mantidos em comunidades africanas.
Os historiadores, sociólogos e antropólogos tiveram que pensar num meio desses rituais serem preservados de modo a evitar a contaminação. Resultado: o surto epidêmico foi controlado.
Talvez devêssemos seguir esta linha no nosso momento de pandemia cuja quarentena nunca existiu. As vezes me sinto até trouxa por sair de casa apenas uma vez por semana para ir ao sacolão. Parece que só eu e meia dúzia de gatos pingados aderimos a quarentena de verdade.
Mas a questão é: o que as aulas de Psicologia do normal tem a ver com isso? A verdade é que entender que existem múltiplas inteligências acaba aos poucos com o mito de que só as Ciências exatas são importantes.
Talvez uma ação orquestrada para reforçar o isolamento social, com o apoio de sociólogos, antropólogos e principalmente dos nossos governos, fariam o povo se unir nesse momento difícil sem ter a sensação de estar abrindo mão de sua cultura. Ninguém morre por ficar sem sua cerveja no bar aos fins de semana, precisamos mudar esse quadro.
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