O Livro "Paraty, Cidade da gente" será cobrado no Concurso Paraty 2024 e eu trouxe para vocês um resumo dele:
O livro é dividido em 5 unidades:
- Unidade 1: Lugar de viver
- Unidade 2: História e Memória
- Unidade 3: Educação Socioambiental
- Unidade 4: Lazer e turismo
- Unidade 5: Política e Cidadania
Paraty foi reconhecida como patrimônio mundial por suas especiais características naturais e culturais, se tornando o primeiro "Sítio misto Paraty e Ilha Grande Cultura e Biodiversidade" da Unesco. Este título de "Sítio Misto" é próprio da Unesco para classificar locais com natureza exuberante e única, além de cultura fortalecida.
A ocupação na região acontece há mais de 4.000 anos e a atual presença de culturas que são ancestrais. As comunidades tradicionais são as caiçaras, quilombolas e indígenas.
Grande parte desse registro está em sítios arqueológicos, no projeto urbanístico do Centro Histórico, no Morro da Vila Velha.
E quanto ao número de habitantes de Paraty? Estima-se de 44.000 a 45.000 atualmente.
Mais características de Paraty:
- Agricultura integrada à Mata Atlântica;
- Criação de gado, porcos e galinhas (no passado);
- Casas de Farinha e Engenhos de cana como atividades econômicas que se tornaram símbolos da cultura da cidade;
Divisões territoriais de Paraty
De acordo com o Plano Diretor o município de Paraty é formado por um conjunto de áreas, são elas:
- Área Urbana
- Área de expansão urbana
- Área rural
- Parque Nacional da Serra da Bocaina
- Área de Proteção Ambiental de Cairuçu
- Estação Ecológica de Tamoios
- Reserva Ecológica da Juatinga
- Parque Estadual de Paraty Mirim
- Área de Proteção Ambiental Municipal da Baía de Paraty Mirim e Saco do Mamanguá
- Áreas indígenas
- Áreas de Quilombo;
Unidade 2:
O Município de Paraty era ocupado por duas tribos de índios, antes dos portugueses chegarem aqui: os Tupinambás e os Goianás.
Os Tupinambás eram inimigos dos portugueses e tentavam atrapalhar o processo de colonização a todo custo; os Goianás eram de Taubaté em SP e desciam a serra para o lugar onde está hoje a cidade de Paraty nos meses de inverno. Vinham nesta época para fugir do frio do Vale do Paraíba e também porque era a época em que as tainhas e os paratis entravam nos rios para desovar e criar seus filhotes. Aqui se fartavam de mariscos e peixes de água salgada.
Estes fatos nos são contados por Hans Stadem e também pelo Padre Jesuíta José de Anchieta. Hans Stadem, um aventureiro alemão, ficou preso por nove meses na aldeia de Cunhambebe, em 1554. Deveria ser devorado pelos índios, mas conseguiu voltar para a Europa e conta suas aventuras no livro “Duas Viagens ao Brasil”. José de Anchieta passou por aqui em 1563 em viagem para Ubatuba
onde ficou como refém dos índios, por ocasião do acontecimento chamado Confederação dos Tamoios.
O primeiro povoamento português aqui surgiu no morro que hoje se chama Morro do Forte. Os Portugueses escolhiam os morros para morar, evitando possíveis ataques de índios e animais selvagens, e também por causa das águas insalubres das várzeas.
A primeira capela construída, por volta de 1600, foi a Capela de São Roque. Hoje ela não existe mais, foi demolida.
Segundo a tradição oral, as terras onde hoje é Paraty foram doadas à Maria Jacome de Mello por seu pai que era capitão-mor na Ilha Grande, por sesmarias, e teria também solicitado que neste povoado se construísse uma Capela para Nossa Senhora dos Remédios. Aos poucos, os moradores vão se mudando do povoado do morro para esta várzea entre os rios, aterrando os alagados e construindo novas casas.
Paraty era, até então, um distrito subordinado às autoridades da Vila de Angra dos Reis da Ilha Grande. Em 1654, porém, os paratienses se revoltaram, separando-se de Angra dos Reis, criando a Vila de Paraty. Mas o Governador fez com que de novo se subordinasse a Angra dos Reis. Porém, em 1660, se rebelaram de novo.
Em 28 de Fevereiro de 1667 reconheceu-se a criação da vila com o nome de Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty.
Por causa do grande número de pessoas que viajavam para as Minas em busca de ouro e enriquecimento a vila se transformou em um grande empório comercial. A isto se soma a produção de aguardente de excepcional qualidade em mais de cem engenhos e alambiques.
O ouro das Minas Gerais passa pelo porto de Paraty somente por uns trinta anos, mas a utilização do caminho para São Paulo e Minas continua a trazer progresso para a vila. A imensa produção de aguardente exportada para todo o país, especialmente para as Minas Gerais e como moeda de compra de escravos na África mantém o progresso do lugar.
Em 12 de Março de 1844, a Lei Provincial no 302, eleva Paraty à categoria de cidade de Paraty. Mas, em 1855, a construção da Estrada de Ferro ligando o Rio de Janeiro a São Paulo, por meio do Vale do Paraíba, tira a estrada e o porto de Paraty da rota de comércio. A isto se soma, em 1888, a abolição da escravatura que elimina a principal mão de obra escrava das fazendas de produção de aguardente e de café. Paraty entra, então, em um período de grande decadência que se estende até 1955.
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