terça-feira, 19 de novembro de 2024

RESUMO DO LIVRO: PARATY CIDADE DA GENTE - CONCURSO 2024 - PARTE 2

Em outra postagem anterior eu comecei um resumo das unidades 1 e 2 do Livro Paraty Cidade da gente, matéria que vai cair no Concurso Paraty 2024 e hoje vou continuar o resumo.

PARTE 1 DO RESUMO

Ascensão e Queda de Paraty no Século XIX

Paraty vive um período de prosperidade devido à produção de café no Vale do Paraíba.

  • Estrada Real: A cidade se torna um importante ponto de passagem para o transporte do café para a Europa e outras províncias.
  • Produção local: Além do café do Vale do Paraíba, Paraty também exporta sua própria produção de café, abandonando a produção de aguardente.
  • Desenvolvimento: A cidade investe em infraestrutura, construindo capelas, hospitais e escolas.
  • Elevação à categoria de cidade: Em 1844, Paraty se torna oficialmente uma cidade.
  • Construção da ferrovia: A construção da ferrovia ligando o Rio de Janeiro a São Paulo tira a importância de Paraty como rota comercial
  • Abolição da escravatura: A abolição da escravatura em 1888 elimina a principal mão de obra das fazendas, agravando a crise econômica.
  • Decadência: Paraty entra em um longo período de decadência, com isolamento e estagnação.

Preservação e Isolamento (até 1950):
  • 1945: O centro histórico de Paraty é reconhecido como Monumento Histórico pelo governo estadual mas até então a cidade permanece isolada, com poucas opções de acesso;
  • A construção de uma estrada ligando Paraty a Cunha (SP) facilita o acesso de turistas, principalmente paulistas.
  • Os visitantes se encantam com a cidade e restauram casas antigas, seguindo as normas do IPHAN.
  • 1958: O centro histórico é inscrito nos Livros do Tombo, reforçando sua importância cultural.
  • Consolidação como Destino Turístico - Década de 1970: A construção da Estrada Rio-Santos garante um acesso mais fácil e seguro a Paraty.
  • Expansão do turismo: A cidade se torna um destino popular para paulistas e mineiros.
  • Surgem diversos serviços turísticos, como hotéis, pousadas, restaurantes, bares e passeios de barco.
Vida Religiosa:
A Igreja Católica sempre ocupou um lugar central na vida dos colonizadores portugueses. Por isso, onde quer que se estabelecessem, a construção de capelas era uma prioridade. Em Paraty, as primeiras construções religiosas eram simples;

A Primeira Matriz:
Com o crescimento do povoado, a necessidade de um templo maior se fez sentir. A primeira Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, foi construída no século XVII, mas não resistiu ao tempo e foi demolida.

A Matriz Atual:
No final do século XVIII, iniciou-se a construção da atual Matriz, também dedicada a Nossa Senhora dos Remédios. Essa igreja, de estilo neoclássico, é a mais importante de Paraty e abriga diversas obras de arte religiosa. Apesar de sua importância, a construção nunca foi totalmente finalizada, faltando as torres sineiras.

Concurso Paraty 2024

Dona Geralda e a Conclusão das Obras:
Uma figura importante na história da Matriz foi Dona Geralda Maria da Silva, que contribuiu financeiramente e supervisionou a conclusão das obras.

A história das igrejas em Paraty está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento da cidade e à religiosidade de seus habitantes. Da simples capela de pau-a-pique à imponente Matriz neoclássica, as igrejas são testemunhas da fé e da cultura local.

Igreja de Santa Rita em Paraty
A Igreja de Santa Rita, um dos ícones de Paraty, possui uma rica história que se inicia em 1722. Construída pelos pardos libertos em homenagem a Menino Deus, Santa Rita e Santa Quitéria, a igreja apresenta um belo altar-mor em estilo rococó.

Com a demolição da antiga Matriz, a Igreja de Santa Rita assumiu o papel de principal templo da cidade, passando para o cuidado dos brancos e suas irmandades religiosas.

Atualmente, a igreja abriga o Museu de Arte Sacra de Paraty, um espaço cultural que expõe um acervo de peças religiosas como imagens, talheres, móveis e paramentos. Administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), o museu oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer a história e a arte sacra da região.

Em resumo, a Igreja de Santa Rita é um marco histórico e religioso de Paraty, que ao longo dos séculos testemunhou a evolução da cidade e preservou um rico patrimônio cultural.

Igreja Paraty RJ

Casa da Cultura:
História: Construída em 1754, a Casa da Cultura de Paraty já abrigou um Liceu, uma escola primária e um clube de futebol. Atualmente, é um centro cultural que promove exposições de arte, diversos cursos e oficinas.
Além de ser um espaço para apreciar arte, a Casa da Cultura também abriga a Casa da Música e a Banda de Música Santa Cecília, oferecendo aulas de música e instrumentos.

Santa Casa de Misericórdia:
Fundada em 1822, em homenagem ao Imperador Dom Pedro I, a Santa Casa de Misericórdia de Paraty é um exemplo da arquitetura hospitalar da época.
Sua construção conta com um sistema de ventilação especial nas enfermarias, demonstrando a preocupação com o bem-estar dos pacientes naquela época.

Chafariz de Mármore:
Mandado construir em 1851 pelo Barão do Bom Retiro, visava fornecer água potável à população, substituindo as águas contaminadas do Rio Perequê-açu e de poços. Era considerado um dos mais bonitos da Província, com água proveniente de uma nascente no Morro do Caboclo.
Junto ao chafariz, havia um poço utilizado para lavar roupas e dar água aos animais.

Forte Defensor Perpétuo:
Construção iniciada em 1703, com ampliações posteriores e renomeado em 1822 em homenagem a Dom Pedro I. Possui diversas estruturas, como casa do comandante, celas, trincheiras e a singular Casa da Pólvora. Atualmente abriga o Museu do Forte, administrado pelo IBRAM.

Fortaleza da Patitiba:
  • Demolição: A fortaleza e seu quartel foram demolidos no século XIX.
  • Reutilização do espaço: No local onde antes existia o quartel, foi construída a Casa de Detenção em 1863, que posteriormente se tornou a Cadeia Pública.
  • Atualmente abriga a sede do Instituto Histórico e Artístico de Paraty.
Estrada Real
Foi um importante caminho que ligava as Minas Gerais ao litoral do Rio de Janeiro, passando por Paraty.
  • Os primeiros habitantes da região, os índios Guaianás, já utilizavam uma trilha nessa área.
  • Construção e Expansão: No século XVII, os portugueses ampliaram e melhoraram essa trilha, transformando-a na Estrada Real, com o objetivo de transportar o ouro e os diamantes das Minas Gerais para o litoral.
  • Importância Econômica: A estrada foi fundamental para a economia colonial, servindo como rota para o transporte das riquezas minerais.
  • Além do ouro, a Estrada Real também foi utilizada para o transporte de café no século XIX.
  • Decadência e Preservação: Com a construção de novas vias de transporte, a Estrada Real foi abandonada e deteriorada. Atualmente, restam poucos trechos preservados, principalmente dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina.
  • Patrimônio Histórico: A Estrada Real é considerada um importante patrimônio histórico e cultural, e alguns trechos estão abertos à visitação, permitindo aos turistas vivenciarem um pouco da história do Brasil colonial.

Pessoas importantes:
  • Samuel Costa: Foi uma figura multifacetada, atuando como fazendeiro, advogado, político, jornalista e historiador. Se destacou como o primeiro prefeito de Paraty e deixou um legado de obras importantes para a cidade, como a construção de uma nova ponte e a instalação da luz elétrica.
  • Zezito Freire: Contribuiu significativamente para a área da saúde, trabalhando na Santa Casa de Misericórdia em diversas funções. Além disso, foi um importante músico e escritor, deixando um registro valioso da história recente de Paraty através de suas crônicas.

Lendas de Paraty
  • A Serpente da Matriz: Uma criança transformada em serpente por um encantamento, guardando a imagem de Nossa Senhora dos Remédios. A lenda sugere que a serpente se moverá e destruirá a cidade se a imagem for retirada.
  • O Tesouro da Trindade: Piratas teriam enterrado um grande tesouro na região da Trindade, com sua localização indicada em inscrições nas pedras. Muitas pessoas já procuraram por esse tesouro sem sucesso.
  • A Noiva da Igreja da Santa Rita: Uma jovem morre no dia de seu casamento e seu noivo, inconsolável, a vê no cemitério. A lenda sugere que ela foi enterrada viva por engano.
  • A Mãe do Ouro: Uma entidade sobrenatural que possui um grande tesouro e muda de moradia a cada sete anos. Quem encontrar seu tesouro se tornará rico.

O objetivo dessas lendas é geralmente criar um clima de mistério e suspense, além de servir como forma de transmitir valores culturais e históricos de geração em geração.
É importante ressaltar que essas lendas fazem parte do folclore local e não possuem comprovação científica. No entanto, elas contribuem para a construção da identidade cultural de Paraty e são um atrativo turístico.

A Festa de Santa Cruz do Gragoatá
Celebrada anualmente próximo ao dia 3 de maio, é uma tradição religiosa e cultural de Paraty com uma história rica e arraigada.
A festa é precedida por um tríduo com missas, ladainhas e o levantamento do mastro votivo.
A procissão, que havia sido interrompida por muitos anos, foi retomada graças ao empenho do grupo Jopacol. A ladainha, com partes em latim e cânticos populares, é um dos pontos altos da celebração.

Leilão de Prendas: Uma tradição que persiste até hoje, com a venda de produtos típicos de Paraty, como artesanato e alimentos.
Bailes de Viola: A música caipira e a tradicional ciranda são elementos marcantes da festa.
Jongo: Embora tenha sido uma parte importante da festa no passado, o jongo, uma dança de origem africana, deixou de ser praticado nas últimas décadas.
A festa tem suas raízes no século XIX e está ligada à família de Dona Generoza, que construiu a capela.
Interrupções e Retomada: A festa sofreu interrupções ao longo dos anos, mas foi retomada de forma consistente a partir de 1996.
A Associação da Santa Cruz do Gragoatá é responsável por preservar o patrimônio material e imaterial da festa e da capela.

RESUMO DO LIVRO: PARATY CIDADE DA GENTE - CONCURSO 2024 - PARTE 2

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